Começa com o fato de o vilão do filme ser interpretado por ninguém menos que Dani Fifi, digo... Dani Filth, o vocalista da banda de metal dü mal Cradle of Fritas, digo... Cradle of Filth. E eu posso dizer que Dani é tão convincente como filho do demônio quanto Tiririca (RIH) o é como comediante (não se preocupe se você acha o Tiririca engraçado, você ainda pode tentar uma lobotomia com um picador de gelo pra tentar resolver isso).
E isso não é nem o começo, não sei que raio de filtro de imagem o diretor usou (ou mais provavelmente não usou), mas a impressão que se tem é a de estar assistindo a um filme didático de baixíssimo orçamento do tipo que se exibe em cursos de línguas. A coisa é tão tosca que tenho a impressão de que se obteria um resultado melhor com um Nokia N95. As maquiagens e efeitos visuais são uma piada, em especial há uma cena de acidente de automóvel que faz os chroma keys de Chaves e Chapolin parecerem coisa da Industrial Light & Magic. E para fechar a parte técnica com chave de ouro a trilha sonora e a sonoplastia são um show a parte. A trilha não combina com as cenas em praticamente momento algum e a sonoplastia é tão tosca que parece que todos os sons foram gravados na cozinha do editor, seria trágico se não fosse cômico.
O filme é uma piada do começo ao fim, tenho a nítida impressão que fãs competentes de filmes trash conseguiriam produzir cenas de assasinato mais convincentes com facas de rocambole e geléia de morango. Para não dizer que não há nada assustador no filme há uma cena em que uma moça coloca uma horripilante garrafa de Coca-Cola DIET sobre a mesa, não sei se conseguirei dormir essa noite por conta disso. E ainda há os dentes do detetive Neilson, tipicamente ingleses, capazes de tirar o sono de qualquer dentista e que te fazem desejar que fosse maquiagem.
Cradle of Fear ainda é rico em cenas de nudez gratuita e talvez o grande feito do diretor Alex Chandon com essa obra de arte tenha sido reunir um belo elenco de inglesas branquinhas e com grandes seios naturais para nos brindar com a visão desses belos corpinhos.
Trata-se de uma obra prima do humor involuntário, fato que o torna ainda mais engraçado, atualmente um de meus filmes favoritos e na minha opinão obrigatório para fãs de uma boa tosqueira.