sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Segredo dos Incas


Trilha sonora do review: Nirvana – Come As You Are (já que estamos falando de cara-de-pau)

Continuando a série “eu já vi isso depois” tenho a honra de apresentar o filme que George Lucas chupinhou para fazer Indiana Jones. Não é de se surpreender, já que o mesmo também se apropriou de faroestes de terceira categoria para fazer Star Wars. Enfim, nesse filme temos Charlton “Planeta dos Macacos” Heston, no papel de Indiana Jones, quer dizer arqueólogo cafajeste. Sério, o Harrison Ford devia ter vergonha de si mesmo. Até as mexidinhas de boca ambíguas ele copiou.

O filme foi realmente gravado em Machu Picchu, apesar de alguns cromakeys toscos, utilizados por motivos além da compreensão. Isso ajuda bastante, já que, normalmente, filmes dessa época tinham cenários absolutamente toscos feitos de isopor pintados com guache. Os caras arrumaram dinheiro até para alugar um avião, uma verdadeira superprodução em terras peruanas.

A atriz que me impressionou nesse filme foi a índia que alternava entre voz de flauta tocada por alunos do jardim de infância e voz de Elza Soares tendo seus dedos esmagados em uma moenda. Além disso, temos vários figurantes com o importante papel de não fazer absolutamente nada no filme, mesmo.

Naquele dia chuvoso em que você não tem nada para fazer e só está passando Lagoa Azul pela primeira vez essa semana na televisão, talvez valha a pena assistir esse filme. Claro, se você conseguir desenterrar isso.

Trailer:

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Piratas


Trilha sonora do review: Chapolin – Somos Todos Piratas

Antes de Johnny Depp e Piratas do Caribe existia um velho rabugento (Walter Matthau) e Piratas. Antes dos efeitos especiais computadorizados absurdos, tudo era feito no braço. E, muito antes de Gore Verbinski (fala sério, o que esse cara fez na vida?), existia Roman Polanski, sinônimo de cinema sem medo (e sem vergonha). Entretanto, a grande qualidade desse filme reside no fato de ele nunca se levar a sério demais (ouviram Piratas do Caribe 2 e 3?).

Só assistindo esse filme para perceber o quanto Johnny Depp surrupiou de Walter Matthau, apesar de ele dizer que a grande fonte de inspiração foi Keith Richards... não creio que Walter Matthau tenha se inspirado em Keef, nem de longe. A única coisa em comum entre os três personagens é a (possível) imortalidade.

Os atores, em sua maioria, apesar de desconhecidos, são relativamente bons, com destaque para Olu Jacobs, no papel de Boomako, um dos personagens mais engraçados que já vi. Os personagens são muito originais: o advogado mudo (como o mundo precisava mais desses); o padre cagão; o(s) nobre(s) viado(s); e tantos outros. Isso adiciona em muito à verossimilhança do filme, apesar de todos sabermos que os acontecimentos beiram o irreal.

Enfim, esse é um daqueles filmes esquecidos pelo tempo que merecem ser revistos e colocados no seu lugar de direito: o Cinema em Casa. Porra Silvio, ressuscita o cinema em casa e passa esse filme!

Trailer: