sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Homeworld


Trilha sonora do review: Jeff Buckley – Hallelujah

De onde você menos espera, é dali que não sai nada mesmo. Felizmente não é o caso desse filme, pois esse filme é uma grata surpresa do reino da ficção científica. Esqueçam a megalomania e a futilidade do remake de Guerra dos Mundos e imaginem um filme que consegue prender a atenção por um roteiro muito bem escrito e por personagens verossímeis. Mesmo utilizando temas um tanto quanto derivativos de Matrix e de O Sexto Sentido, o roteiro é montado de uma forma em que os temas presentes nestes filmes sejam mostrados sob uma nova luz.

Não há sequer uma explosão no filme e apenas um tiro durante todo o tempo e, nem por isso, o filme é menos interessante, mesmo se passando praticamente o tempo todo em uma floresta que poderia estar até em um filme sobre a época medieval. O destaque vai para os atores que, apesar de serem praticamente anônimos, conseguem produzir performances convincentes. Esse é um daqueles filmes que te obrigam a pensar para compreender o roteiro plenamente e isso o leva a odiar e depois deixar de odiar vários personagens, tamanha a quantidade de reviravoltas presentes.

Enfim o único defeito do filme, talvez, seja o orçamento visivelmente baixíssimo (que resultou em cenas geradas por computador basicamente ridículas, que graças a deus são poucas), mas dado o efeito conseguido pode-se dizer quase um milagre que foi possível fazer um filme de ficção científica decente. O diretor e escritor Philip Hudson tem cacife para se tornar um grande diretor, bem como o filme tem potencial para se tornar um filme cult, com certeza. Definitivamente recomendado.

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